Nossos hábitos na hora do banho podem afetar diversas áreas da nossa vida, desde nosso estado mental até a saúde da nossa pele. Com tantas informações e recomendações, pode ser difícil saber exatamente o que faz bem ou faz mal nesse momento crucial da nossa rotina. Afinal de contas, como deve ser o banho ideal?
Temperatura ideal para o banho
Dadas as devidas proporções, banhos quentes e frios podem ser ferramentas eficazes para sua saúde!
Banhos frios ajudam a levar mais oxigênio ao cérebro, deixando-o em um estado de alerta e mais “acordado”. O banho frio pode induzir à produção de substâncias que promovem o bem-estar mental, como a endorfina. Ele é recomendado também após exercícios, para ajudar a amenizar a inflamação e tensão muscular após esforço físico. No entanto, banhos muito frios e longos podem induzir sintomas de hipotermia, além de serem arriscados para quem tem baixa imunidade, hipertensão, ou problemas cardíacos.
Já os banhos quentes ajudam com dores nos músculos e articulações, por auxiliar na dilatação dos vasos sanguíneos. Porém, em excesso, podem comprometer a função barreira da pele e levar ao ressecamento da pele. Além disso, eles também podem levar à produção elevada de oleosidade gerada ao estimular as glândulas sebáceas após a dilatação dos poros.
Para banhos do dia-a-dia, o recomendado seria que a temperatura da água do banho esteja próxima da nossa temperatura corporal, ficando entre 29°C e 38°C.
Frequência de banho ideal
O número de banhos no dia e na semana vão variar de vários fatores – a maioria desses, muito pessoais e individuais. Tudo depende do tipo de pele, da duração do banho, das atividades do dia…
A falta de banho leva ao acúmulo de células mortas, oleosidade e poluição, aumentando o risco de infecções bacterianas e doenças fúngicas, como micose. Porém, o excesso também é prejudicial – excesso de banho pode alterar o pH cutâneo, as mucosas, e assim, pode diminuir sua proteção natural.
Essencialmente, qualquer frequência entre 2 banhos por dia ou banhos em dias alternados é considerada aceitável, tudo vai depender do seu cenário. O ideal seria a quantidade que não resseque nem irrite a sua pele – seja por excesso de banho ou a falta dele.
O que usar no banho?
Parece óbvio, mas nem sempre é!
- Sabonetes, agentes de limpeza em barra ou líquidos. O recomendável seriam os que têm o pH próximo a 5 – quanto mais próximo, menor a chance de interferir no seu pH natural.
- Bucha? Talvez. O uso das buchas – sejam as naturais, como as vegetais e marinhas, ou as sintéticas, como as de nylon e tecido – terá a função de esfoliar a pele. A esfoliação é importante e garante muitos benefícios para a pele. Porém, é preciso ter cuidado para não exagerar. Seu excesso pode provocar danos à barreira cutânea e ocasionar o ressecamento e desidratação da pele.
- Shampoos, condicionadores e outros produtos capilares. São muito importantes para a limpeza e manutenção da pele do couro cabeludo e dos fios de cabelo.
Cuidados pós-banho
Após o banho, é importante hidratar a pele para auxiliar a sua função barreira a se recompor novamente. Para isso, é preciso usar produtos hidratantes para a pele, mas cuidado: ele não pode ser muito agressivo para o seu tipo de pele, pois seus poros estão abertos e a pele está mais sensível. Existem algumas opções, como hidratantes corporais, séruns, e máscaras para regiões específicas.
Também é importante ter cuidado na hora de secar a pele. Ao passo que secá-la bem é importante para não haver resíduos em regiões com “dobrinhas”, esfregar com muita força pode irritar a pele e dificultar a recomposição da função barreira da pele. Opte por toalhas mais macias (se possível de algodão, que secam melhor e são menos abrasivas na pele), e tente apenas encostá-la na pele, sem esfregar.